Normalmente, sou educada. Eu disse ' normalmente '. Não gosto, mas se preciso for eu faço barraco. Faço mesmo. Tem coisa que faz meu sangue subir, tem negócio que me tira do sério. Quando fico braba fico cega, fica tudo preto. E não gosto que me segurem e me mandem ficar calma. Deve ser por isso que de vez em quando viro bicho. Vou engolindo, aguentando, tentando deixar pra lá. Mas uma hora a corda arrebenta, uma hora a coisa transborda, rompe. E daí salve-se quem puder (ou quem correr mais rápido). Tenho pavor que alguém dê palpite na minha vida, não gosto de quem não sabe se expressar, se posicionar. As pessoas precisam ter opinião. E alguma inteligência. Gente que não pensa me irrita. Juro sinto vontade de dar uns tapas. Pensar não dói. Ajudar também não.
( Clarissa Corrêa )
( Título: Martha Medeiros )
Nenhum comentário:
Postar um comentário