heeey apple :B

" (...) Por que no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia. "





sexta-feira, 14 de junho de 2013

Eu não vim sozinho, trouxe minhas lembranças junto. Se há algo que aprendi, é que você não pode negar a forma em que o passado dita cada amanhecer.


( Livro: A culpa é das estrelas )

♫' Há uma luz no túnel dos desesperados. Há um cais de porto pra quem precisa chegar



É uma noite longa pra uma vida curta, mas já não me importa basta poder te ajudar. E são tantas marcas que já fazem parte, do que sou agora mas ainda sei me virar. Tô na lanterna dos afogados. Tô te esperando vê se não vai demorar.' ♪

( Música: Lanterna dos afogados )

Ninguém escreve bem ou mal, escreve o que sente. E nem sempre o que a gente sente é bonito.





No último segundo você acha o ar, retoma o fôlego depois de se debater tanto. Por dentro tudo treme, os ossos doem implorando por descanso. Você passa a palma das mãos sobre os olhos apertando, tentando dali retirar algum entendimento, alguma explicação. Tanto tempo se passou. O medo se acumulou. Pilhas e pilhas de abandono. Uma coleção inteira e bem sofisticada chamada solidão. Mas finalmente você respira. ´Você já passou por isso tantas vezes que nem mais se espanta. Recosta teu corpo no velho sofá, ascende um cigarro, olha de longe a garrafa na estante e exercendo uma força descomunal declina seu corpo pra frente. Acaba mesmo ficando ali, não se mexe, só desloca a estrutura carnal deixando a pobre alma exausta no sofá. E a unica pergunta que se repete em sua mente é - “Será que agora vai ser diferente?

( Elisa Barlett )

Seja você mesmo, porque ou somos nós mesmos, ou não somos coisa nenhuma.



Somos um, mas somos vários, num mesmo, num só, num único corpo-espaço, somos um e um milhão, num suposto coração que guarda por dentro o prazer de estar quase todo pro lado de fora, quando bate e explode pro mundo o tudo que tem aqui nesse nosso corpo todo cheio de coisa, todo louco pra fugir do sufoco que é guardar o todo dentro da gente. É por isso que a gente se reparte e faz de tudo um pouco, correndo num infinito corredor cheio de portas abertas, voando mesmo sem asas, suspirando mesmo sem vento e amando mesmo sem ser amado. O tempo é vasto e rápido, a vida é breve, mas leve e boa. Num piscar ou num olhar, a vida voa pro lado de lá e, depressa, a gente tenta alcançar a pressa de ser um só, quando o que resta é a beleza de sermos muito mais que um. Sejamos, então, mais. Sejamos o que somos: soma.

( GIOVANNA ZAMBIANCHI )
( Título: Machado de Assis )