''O Amor não enxerga com os olhos, e sim com a mente, e por isso pinta-se cego o cupido alado. Tampouco a mente do Amor tem faro para qualquer discernimento. Com asinhas e sem olhos, representa a pressa da imprudência. Dizem, portanto, que o Amor é uma criança; porque, ao escolher, ele é tantas vezes enganado. Como meninos travessos numa brincadeira quebram as próprias promessas, assim o menino Amor comete perjúrio em todo o canto. Pois, antes de Demétrio olhar nos olhos de Hérmia, ele fazia chover sobre mim juras de amor, promessas de que era meu e de mais ninguém. Quando esta chuva sentiu o calor por Hérmia desprendido, evaporou-se, e minhas lindas gotas de amor viraram fumaça".
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